Claro que a felicidade tem utilidade. Não há dúvida nenhuma.
Eu ouvi essa frase numa palestra do Clóvis de Barros. A ideia é que a felicidade está naquelas coisas que não uma utilidade prática. Somos felizes quando vamos de Guararema para Luiz Carlos só pelo prazer da caminhada. O mesmo trajeto para ir trabalhar não traz a mesma felicidade. Fazer o pão pelo prazer do pão feito é felicidade, fazer o pão para garantir o pão já não traz tanta felicidade assim.
Por óbvio, as generalizações nunca são perfeitas. Pode se ser feliz ao caminhar para o trabalho, ou ao fazer o pão de cada dia.
Com essa ressalva é possível entender a felicidade serena e tranquila de quem faz alguma coisa só pelo prazer de fazer, sem utilidade alguma.
Nesse feriado pude compartilhar de momentos felizes ao lado de pessoas cuja única preocupação era deixar os outros felizes e se fazer feliz. Sem obrigações, sem imposições, tudo tranquilo e sereno. Some-se a isso um lugar lindo, na montanha, natureza....
Boa companhia, belo lugar, boa comida.
Dias felizes. Inúteis. E completamente felizes.
Essa felicidade proporcionada por coisas que podem parecer sem utilidade é muito particular e, às vezes, subjetiva. É intensa e gratificante.
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