sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Meu mamoeiro se foi....


Sem que eu plantasse, desejasse ou tomasse qualquer ação, um mamoeiro brotou bem ao lado da janela da sala.
E eu nem sabia que era um mamoeiro. O jardineiro sugeriu cortar, pois devia ser macho e não dar mamão saboroso. Eu não deixei. Confiei na natureza que me ofereceu sem que eu pedisse.
O mamoeiro cresceu e frutificou. Mamões deliciosos e pequenos. Muito saborosos, de pegar no pé antes que os passarinhos ou morcegos comessem.
Eu sempre gostei de imaginar o mamoeiro como um exemplo daquelas coisas para as quais não temos controle. Não fiz nada, nem de bom, nem de mau. Mesmo assim recebi esse presente. Durante o período de seca do ano passado o mamoeiro parou de dar frutos, mesmo assim cresceu. Com as chuvas, voltou a frutificar, dessa vez bem mais alto.
Com todas as chuvas que caíram recentemente o solo ficou muito mole e o mamoeiro muito alto. Ontem à noite o mamoeiro caiu.
Recolhi os frutos, limpei o terreno e segui com o exemplo que a natureza me deu.
Para certas coisas não temos controle. Devemos ter sabedoria para aceitá-las.



Para minha alegria o novo jardineiro já detectou mais 3 pés de mamão no fundo do quintal. A natureza segue seu ritmo!

2 comentários:

  1. Lembrei-me da minha infancia na qual convivi como os mamoeiros no quintal.

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  2. Poesia, sensibilidade e delicadeza ímpares

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