Retorno

Ontem fui novamente ao Dr. André para uma consulta de verificação.
Está tudo ótimo, devo voltar em seis meses para um acompanhamento.
Hoje eu irei à Dra. Rosana, que foi quem me deu as primeiras indicações. Vou lá contar como estou e agradecer.

Biópsia

Dados Clínicos: Paciente com massa cervical na bifurcação das carótidas
Qualidade do Material: Tumor carotídeo
Exame: Peça cirúrgica medindo 6 x 3 x 2 cm, referente à tumor de região carótida pesando 15g de superfície lobulada em áreas irregular, apresentando aos cortes tecido esbranquiçado e difuso com áreas amareladas pardacentas e hemorrágicas.

Finalizando

De outra parte teve coisas que funcionaram maravilhosamente bem.
De todas elas a mais importante foi a rede de amigos dando força, perguntando, fazendo orações, novenas, trezenas, etc.
Tudo isso dá uma segurança, um sentir-se querido que é da máxima importância.
Tenho certeza que não conseguiria passar pelo que passei sem o apoio que tive.
Obrigado.

Finalizando 1 - O que não funcionou

Agora que já estou bem, voltando a dirigir aos poucos, sem medicação, quero finalizar o blog.
Durante o período da cirurgia algumas coisas não funcionaram.
1. O MP4 não tem autonomia suficiente e a posição na cama não facilita, nem se tem o prazer de ouvir música como eu imaginava.
2. O aparelho eletrônico de Sudoku nem saiu da mala, não havia cabeça para este tipo de passatempo.
3. Algum prazer com a anestesia. Ouvi dizer que a anestesia geral poderia dar algum tipo de barato, me foi sugerido imaginar um céu azul cheio de estrelas e eu imaginei uma montanha-russa, mas nada disso funcionou. Apaguei e acordei, simples assim.

A primeira alta

Na tarde de terça-feira o dr. André me prometeu alta logo na quarta-feira de manhã, por volta das 6h00, portanto fui dormir confiante.
De repente o dr. André entra no quarto junto com a enfermeira pronto para me dar alta, eu levanto de pronto e fico todo contente. Demoro para entender por que ele se desculpa pelo horário, afinal eu achava que eram 6 da manhã e não 4. Ele teve que atender um motociclista em emergência e aproveitou para tirar o dreno e me dar alta.
Voltei então a cochilar e esperar dar tempo de ir embora.
Quando saí, por volta das 8h00, fui direto para a casa da minha sogra (que é bem pertinho) e finalmente descansei de verdade, almocei uma canja também de verdade e à tarde já estava em casa.

Retorno

A consulta correu como tudo o mais, perfeito. O dr. André tirou dois pontinhos, suspendeu a medicação e manteve a pomada cicatrizante até quando eu quiser, se for para ficar como cirurgia plástica usar por mais três meses, se for para ficar como o Brutus, já posso parar.
Fora de brincadeira, estou de alta completa, somente cuidar com peso e movimentos bruscos.

Última consulta (?)

Logo mais vou ver o dr. André. Dentro em breve novidades.

Um dia inteiro

A terça-feira no hospital foi um dia longo! Não consegui comer o café da manhã porque não podia me levantar. Os remédios vinham, mas eu não tinha mais soro, só um analgésico e um antibiótico.
No meio da manhã enquanto eu pedia encarecidamente a uma enfermeira para poder me levantar o dr. André chegou e já foi tirando o curativo, falando que tudo tinha sido ótimo, que eu já podia me levantar, tomar banho, andar...Ufa! Que alívio!
Naquele momento eu sentia bastante a dor no pescoço, como se tivesse levado um soco lá, mas podia ficar muito bem de pé e caminhar.
Quando veio o almoço eu me sentei à mesa e tomei toda a canja. Como é possível fazer canja sem arroz, sem frango e sem sal?
A alegria de estar bem não se abalou, nem mesmo quando devolvi o almoço.
No fim da tarde o dr. André passou de novo e disse que ia me dar alta logo na quarta-feira de manhã!
A partir daí comecei, já com a cabeça funcionando melhor, comecei a controlar o tempo da enfermeiras, as sombras pela janela, ou seja, tomar conta da vida. À noite fui dormir bem mais tranqüilo.

A primeira noite de um hospitalizado

A primeira noite, de segunda para terça, ainda foi confusa do ponto de vista de lembranças. Eu cheguei no quarto perto das 9 horas, e ainda estava bem sonolento e cansado.
Assim que fui instalado já me deram soro e o antibiótico, isso por um acesso na mão direita, este acesso ainda hoje (segunda, 9) dói, e foi um dos maiores incômodos nos dias de internação.
Ainda na noite de terça chegou um chá com bolachas, eu só consegui comer as bolachas, pois não me deixaram ficar sentado sem ordem médica.
Durante a noite as enfermeiras continuavam dando os medicamentos, e fui me recuperando aos poucos e me cansando de ficar sentado.

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Se é possível lembrar claramente da última frase antes de "apagar", o mesmo não se dá com a primeira frase ao acordar. As lembranças são confusas. Quem veio falar, o que disse, são todas lembranças bem tênues. Não me lembro se já enxergava ou estava de olhos fechados, lembro sim do "Seo" Irineu, que não parava de aponquentar as pobres das enfermeiras que davam broncas homéricas, mas parece que não adiantava nada. "Seo" Irineu teimava em se mexer ou tentar sair da maca.
Não sei quanto tempo fiquei na sala de recuperação. Lembro que comecei a ficar enjoado e tentei chamar uma enfermeira, lembro também que imaginava falar mas não ouvia minha voz, levantava o braço, mas não via meu braço, devia estar sonhando...mas acabei vomitando de verdade, e logo em seguida veio uma enfermeira me limpar e me levar para o quarto.
Neste momento eu já enxergava bem, mas fui alertado para fechar os olhos para não enjoar vendo as luminárias. Então eu fiquei de olhos bem fechados e bem quietinho, não queria levar uma bronca como o Irineu. Deu só para a ver a Maria com o rabo do olho.
Ao chegar ao quarto eu mesmo me movi da maca para a cama.

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No centro cirúrgico a diferença mais visível é que some o hospital e entra a oficina. Tudo é mais simples, mais prático, mais direto.
Na sala de preparação uma enfermeira tentou pegar uma veia e não conseguiu, nem em um braço e nem em outro, então ela me fez um questionário, perguntando tudo de novo: fuma? tem alergia? já foi operado? a quanto tempo está em jejum? etc.
Veio uma outra enfermeira e fez uma massagem em meu braço direito e me espetou, nesta altura eu não senti a picada, mas perguntei quanto o remédio ia fazer efeito.
Logo em seguida eu fui levado à sala de cirurgia e fui apresentado à instrumentista ao anestesista e a um colega do dr. André. Eles ficaram conversando sobre o posicionamento das máquinas, do carrinho, dos médicos.
O anestesista se posicionou à minha direita, ligou uns eletrodos no meu peito, e um clipe no meu indicador. Eu vi um monitor com várias indicações, e ele me disse:
- Isso vai te dar sono.
Foi a minha última lembrança até o retorno.

Segunda de manhã

Como um dos motivos do blog é o de registrar os acontecimentos, vou tentar fazer um relato de tudo o que houve, com minhas impressões.
Na segunda-feira, assim que cheguei no hospital, já tive imediatamente uma boa impressão. A recepcionista que fez a documentação de internação, reconheceu meu nome e o pedido do Dr. André para que fosse feita a tipagem sanguínea. Logo de cara eu percebi que era esperado e que o dr. André já tinha avisado da minha chegada.
A documentação para internação foi dentro dos padrões de burocracia esperado, ou seja, demorou mais do que devia.
Ao chegar ao quarto fiquei aguardando a enfermeira. Não demorou muito e apareceu a primeira enfermeira perguntando se eu já tinha feito a tricotomia (?!), ou seja, se eu tinha feito a barba. Claro que estava feita e bem feita, de modo que dispensei o "prestobarba" e novamente percebi que as coisas estavam bem preparadas.
De resto, foi esperar a retirada de sangue para fazer a tipagem e aguardar o tal remedinho que o anestesista recomendara.
Estas duas etapas chegaram quase ao mesmo tempo, então eu que tinha esperado bastante, tive que tirar sangue, trocar de roupa e tomar o remédio, tudo ao mesmo tempo. Não consegui colocar o tal de avental cirúrgico e precisei de ajuda para fechá-lo.
Deitei-me na maca e fui levado ao centro cirúrgico. O meu pensamento naquele momento foi igual ao da fila de uma montanha-russa, dá um friozinho na barriga, a gente pensa em desistir, mas sabe que vai ser bom.

Bem meio vago...

Bom...acho que foi assim que me senti ontem: bem meio vago. Com o dia escorrendo pelas mãos e sem muito o que fazer, cochilando, acordando, comendo, voltando a cochilar, enfim, bem meio vago.
Considerando que o que saiu de mim não deveria estar lá, não há nada que me esteja faltando. Como também não há nada sobrando, minha recuperação é somente a cirurgia. Estou tomando um antibiótico, uma pomada para cicatrização e um analgésico (na verdade até parei com o analgésico).

Já estou de volta

Pronto. Já estou em casa, tudo correu maravilhosamente bem. Ao longo do dia vou contando como foi.

A hora é agora

Bom dia! Estou de saída para Piracicaba.
A agenda prevista é a seguinte, interno às 10h00, opero às 13h00 e saio no final da tarde. Na terça me recupero e na quarta volto para casa.
Muito obrigado a todos que acompanharam, torceram, apoiaram, rezaram.
Me aguardem, em breve estarei de volta.

Domingo, quase segunda

O domingo foi um dia bem agitado. Recebi visitas, o que ajudou muito a distrair. Também foram vários telefonemas de apoio, desejo de coisas boas, e orações. Salto, São Carlos, São Bernardo, Piracicaba. Junto com as manifestações anteriores houve muito apoio, o que é muito bom.
Agradeço de coração cada mensagem que chegou e espero poder agradecer pessoalmente muito em breve.

Domingo

O dia amanheceu bem bonito, com sol e muito iluminado.
Tenho recebido apoio de muitas pessoas, de vários lugares. Ontem meu primo de Maceió me ligou e como sempre demos muitas risadas, foi ótimo. Também recebi apoio dos meus colegas numa festa de despedida para um deles, que vai para a Alemanha.
Minha enteada, de Dublin, também está na torcida.
Tudo isso é muito, muito bom.

Sabadão

O jogo da AAPP está para começar. Como prometido, a foto aí está, mas não vale rir.
Ainda de manhã eu tentei fazer a barba, mas preciso de um pouco mais de prática.
O fim de semana é sempre muito intenso, tenho aulas na quinta e sexta à noite e no sábado de manhã, e agora devo fechar os diários de classe do mês de agosto. Ufa!

Pedrão

Saindo do anestesista eu fui ao Pedrão. Mandei de cara tirar tudo! Cortar o cabelo com se eu fosse para o exército e tirar a barba.
Fiz barba, cabelo e bigode (hehe).
Passei máquina 1 e fiquei completamente diferente. Assim que tirar uma foto eu publico, mas não vale rir.

Anestesista

A consulta com o anestesista foi muito tranqüila (ainda tem trema?), uma série interminável de perguntas, verificação dos exames, avaliação do peso e também da garganta. Como de resto, tudo perfeito.
Agora fica óbvio, mas eu nem tinha considerado que seria entubado, tenho que confessar que fiquei um pouco assustado com isso. O anestesista me garantiu que não saberia disso, ufa!
Ele me sugeriu um remédio para que eu fosse mais relaxado para a sala de cirurgia, o que aceitei de pronto, afinal esta minha calma pode acabar.

Sábado....Domingo....Segunda!

Ontem foi um dia cheio! Recebi um presente de minha mãe: livro e um MP4, acompanhados de uma bela carta, e aí vai meu primeiro agradecimento.
Também tive algumas conversas de apoio e ânimo de várias pessoas: Elisangela, Gustavo e Alex Crivelente, para quem vão mais agradecimentos.

Faltam 4 dias!

"Estado de inconsciência reversível, imobilidade, analgesia e bloqueio dos reflexos autonômicos obtidos pela administração de fármacos específicos."

Hoje tenho a última consulta com o anestesista. Vou saber os últimos detalhes da cirurgia e também devo cortar o cabelo e a barba (se sobrar tempo).

Faltam 5 dias

A descrição de um "Zelig" real e moderno, foi uma sugestão inicial da minha irmã Taís, que viu minha característica (ou defeito, ou qualidade) de me adaptar à situação presente, agindo como se eu fosse do grupo em que estou.

Esta era a característica do personagem Zelig no filme de Woody Allen. Leonard Zelig era descrito como "camaleão humano". Vale a pena ver o filme, que é feito em forma de documentário, o que o torna ainda mais interessante.

O que vai ali! Faltam 6 dias

A cirurgia não é uma coisa assim tão complicada. Tem a anestesia geral que sempre tem algum risco, mas de fato é só retirar o tal do paraganglioma.

O problema é que tudo passa no pescoço. A figura acima mostra as artérias do pescoço e eu anotei o ponto onde deve estar o meu caroço. Veja que é muita coisa junta.

Nova foto

Atendendo a pedidos troquei a foto.
Agora uma foto feito pelo Carlos Alberto, aluno do IBTA.
Amanhã estará faltando apenas uma semana para terminar tudo isso.

Lembranças

Estava me lembrando de minha outra cirurgia, eu tinha acho que 5 ou 6 anos quando operei da fimose.
Lembro que acordei com fome e pedi à minha mãe algo para comer. Ela então me ofereceu o café da manhã que estava na mesa ao lado. Então eu perguntei que horas eram. Quando ela me respondeu que eram 3 da tarde eu respondi:
- Então não vou comer. Se já de tarde eu não posso comer o café da "manhã".
(Acho que somente o Victor vai me entender!)

Enquanto seu lobo não vem...

A gente vai tocando a vida. Toda quinta-feira eu jogo futebol soçaite com alguns amigos. O horário é meio esquisito, das 23h30 às 0h30, mas é o horário possível para professores que dão aulas à noite.
No futebol de ontem eu joguei muito bem, fiz vários gols e acertei muito. Tanto que os colegas perguntaram quem era o meu irmão gêmeo (hehe)

Agradecimentos

Uma lista de agradecimentos no final ia ficar imensa e os créditos acabariam se perdendo, portanto já vou, desde já, fazendo públicos meus agradecimentos.
O primeiro vai para (na verdade o segundo pois já fiz um para o meu sobrinho) a família Fante que tem sido um porto seguro em Piracicaba e ajudado na tramitação de documentos.
Hoje minha cunhada fez a entrega das chapas ao médico e pegou a autorização da Unimed.
Assim os dias vão passando...

Pescoço

Estava conversando com minha irmã sobre a anestesia e fizemos as considerações sobre a dificuldade que é uma cirurgia no pescoço pela quantidade de coisa que passam num espaço tão exíguo.
Vejam só: a coluna vertebral; a laringe; a traquéia; a carótida; a jugular; os nervos e os músculos que sustentam a cabeça!
É muita coisa em pouco espaço, daí a dificuldade da cirurgia.

Definições

A paraganglioma is a rare neoplasm that can be found in the abdomen, thorax, and in the head and neck region. They are usually considered benign and complete surgical removal results in cure. However, in about 3% of cases they are malignant and have the ability to metastasize. Paragangliomas are still sometimes called glomus tumors (not to be confused with glomus tumors of the skin) and chemodectomas, but paraganglioma is the currently accepted and preferred term.

Fonte: Dr. Wiki.

Interessante

Hoje a secretária do Dr. André me pediu as chapas da ressonância e da angioressonância para que ele pudesse fotografar.
Casos como o meu são raros e os médicos sempre consideram a possibilidade de publicação.

Autorização

Hoje uma notícia boa.
A autorização da Unimed para a cirurgia foi dada. Ou seja, entendo que toda a burocracia foi resolvida.
Agora é ir à última consulta com o anestesista no dia 28 e na cirurgia dia 1o. Antes disso manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo.

Fase 4 - Preparação para a cirurgia

De posse da angioressonância fui novamente ao médico e marquei a cirurgia.
Dia 1º de setembro serei operado e o tal caroço vai-se embora!

Fase 3 - Quimiodectoma

Acabei indo a 3 especialistas em cirurgia de cabeça e pescoço (quem disse é necessária somente a segunda opinião?)
O primeiro foi um super especialista em São Paulo, o papa do assunto. Com os exames eles (o médico tem filho médico na mesma área) recomendaram logo uma cirurgia e se era carotídeo ou vagal não fazia muita diferença para a cirurgia.
Aprendi muito com eles, foram super gentis e pacientes, me explicaram tudo em detalhes e me deixaram bem mais leve (especialmente o meu bolso - hehe). Uma questão crucial é que me foi recomendada a cirurgia com a embolização.
Agradeço ao meu sobrinho por ter conseguido marcar esta consulta.
O segundo foi a indicação direta da doutora de Santa Bárbara, nele não senti nenhuma confiança, na verdade já tinha dúvidas pela dedicação que o médico dava à política, não acho que se possa fazer bem estas duas coisas. Quando eu perguntei a ele sobre a tal embolização, houve um silêncio, um ar de dúvida e o pedido de consultar o grupo de especialistas, ou seja, um "veja bem".
O terceiro foi um médico jovem de Piracicaba com um belo currículo Lattes, me senti seguro logo no primeiro momento. Quando eu falei de embolização ele foi muito seguro e descartou totalmente. Dizendo que não era o caso, visto que o tumor é alimentado por muitos vasos e que uma embolização jamais resolveria todos. Sendo um procedimento desgastante e desnecessário.
Um fato interessante é que o médico de São Paulo me disse que iria a um congresso nos EUA e o médico de Piracicaba também foi a este congresso.
Para fechar os exames ele me pediu uma angioressonância.

Fase 2 - Paraganglioma

A ressonância magnética foi bem mais precisa e indicou um paranglioma vagal, ou seja, está no nervo vago que controla várias funções como: controle das pregas (antes eram cordas) vocais, e até a vesícula - antigamente se fazia o corte do nervo vago para controlar gastrite, a chamada vagotomia.
Mais pesquisas, pouca ajuda. A grande dúvida! Se estiver no nervo vago a cirurgia é mais simples mas pode ser maligno, se estiver na carótida a cirurgia é mais complicada mas é certeza de ser benigno.
De novo a boa doutora me recomendou a um especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, além de uma passagem por um cirurgião vascular.

Fase 1 - Glomus

A médica de Santa Bárbara d'Oeste me pediu exames de sangue e uma ultrassonografia.
No exame de sangue tudo ótimo (o ácido úrico perto do limite, mas ainda muito bem).
A ultrassonografia sugeriu um glômus jugular.
Aí começou a confusão, várias possibilidades: é um glômus mesmo? está vinculado a jugular? a carótida? como retirar? é maligno? é benigno?
Toda a pesquisa na internet ajudou pouco.
A boa médica não se sentiu confiante e pediu uma ressonância magnética!

Doença

No final de 2006 eu descobri um caroço no pescoço.
Fui ao médico, fiz alguns exames e não dei a devida atenção ao diagnóstico de uma inflamação no glângio, algo sem maiores preocupações.
Durante 2007 as questões de mudança de emprego e de cidade me ocuparam tanto que não dei nenhuma atenção ao meu pescoço.
Neste ano resolvi fazer uma nova consulta para verificar a situação do tal caroço, que tinha crescido um pouquinho (algo como um azeitona), e fui me consultar com uma médica otorrinolaringolista em Santa Bárbara d'Oeste.

Cirurgia

Olá,
Para minha felicidade tenho muitos amigos, e pelo meu perfil camaleônico muitos amigos de diferentes lugares, tempos, tipos, etc...
Para informar meus amigos sobre a minha cirurgia criei este blog.
Desde já agradeço as orações, intenções, desejos, participações, etc...
Ao longo do tempo irei colocando as informações
Obrigado por sua visita.

Anestesista

A consulta final com o anestesista está marcarda para o dia 28 de agosto. Deve ser bem tranqüila.

presentes

Nada mais fácil que dar presente para uma criança, qualquer coisa agrada. Quando não, até a caixa pode agradar mais que o brinquedo e ser dermos roupa pelo menos agradamos aos pais.
Com o tempo as coisas vão mudando e vai ficando cada vez mais difícil acerta o presente a ser dado, as pessoas vão conseguindo obter por si mesmas os objetos de desejo e passamos a dar gravatas, lenços, perfumes e finalmente chegamos às meias e por último às meias de lã.
Se a pessoa já conseguiu um nível de vida em que esteja cercada de bens materiais úteis e inúteis ainda podemos dar presentes de caráter espiritual, presentes que busquem a emoção, que resgatem as impressões da infância e adolescência ou de qualquer outro tempo, como um disco raro, daquela música, daquele baile, daquelas lembranças.
A mim muito me agrada receber presentes e fico muito grato com qualquer coisa que receba de dado, desde que não seja roupa, mas sei que vai chegar um tempo em que os presentes para o espírito me agradarão, mesmo porque espero que com a maturidade os bens materiais fiquem cada vez com menos valor.
E quando nem isso mais me agradar, quando meus olhos estiverem tão fracos que eu já não possa ler, que um livro não tenha mais sentido como presente, quando minha memória não possa mais lembrar com clareza de coisas evocadas por sons ou sabores, quando um disco antigo ou um chocolate Chadler não me diga mais nada. Quando eu chegar lá, acho que já estará bom. Penso que esta é uma boa medida: Quero viver até quando eu possa receber presentes.

Cirurgia

A cirurgia está marcada para 1º de setembro, às 13h00.
A previsão de alta é para 4 de setembro.

Para começar....

Não haverá nunca uma porta.

Estás dentro.

E o alcácer abarca o universo.

E não tem nem anverso nem reverso

Nem externo muro nem secreto centro.

Não esperes que o rigor de seu caminho

Que teimosamente se bifurca em outro,

Que obstinadamente se bifurca em outro,

Tenha fim.

É de ferro teu destino

Como teu juiz.

Não aguardes a investida do tauro

que é um humano e cuja estranha forma plural

dá horror à maranha de interminável pedra entretecida.

Não existe.

Nada esperes.

Nem no negro crepúsculo, a fera.

(Labirinto, poema de JLB, no livro - Elogio da sombra - Tradução: Carlos Nejar e Alfredo Jacques)