Não haverá nunca uma porta.
Estás dentro.
E o alcácer abarca o universo.
E não tem nem anverso nem reverso
Nem externo muro nem secreto centro.
Não esperes que o rigor de seu caminho
Que teimosamente se bifurca em outro,
Que obstinadamente se bifurca em outro,
Tenha fim.
É de ferro teu destino
Como teu juiz.
Não aguardes a investida do tauro
que é um humano e cuja estranha forma plural
dá horror à maranha de interminável pedra entretecida.
Não existe.
Nada esperes.
Nem no negro crepúsculo, a fera.
(Labirinto, poema de JLB, no livro - Elogio da sombra - Tradução: Carlos Nejar e Alfredo Jacques)
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