Diz a minha mãe que eu era fascinado por espelhos e reflexos, nem que fosse no botão do porta-luvas do fusca.
Uma das imagens que me fascinava e está na minha memória, do fusquinha eu não me lembro, é o meu reflexo numa sopeira de inóx gigante. Eu colocava minha cabeça até a metade e via meu reflexo invertido e uma imagem real, ou seja que se formava entre o meu rosto e a sopeira.
Aquilo me encantava. Depois de ver a minha imagem eu comecei a colocar objetos, mas era difícil colocar o objeto e ficar numa janela de visão adequada. Para solucionar este problema eu colocava um palito de churrasco e ganhava algum espaço.
Minha frustação era não conseguir explicar para ninguém o que eu fazia com a cabeça enviada na sopeira.
Quando eu finalmente esudei ótica e aprendi sobre espelhos côncavos eu consegui entender o que estava acontecendo. Lembro que na aula eu comentei com o professor, que educadamente concordou comigo, mas não me deu muita trela.
O reflexo do meu nariz na sopeira só me interessava a mim.
Esta semana, a sopeira voltou com um gostinho de vitória. Recebi de uma amiga minha esse vídeo de Oxford Math: https://youtu.be/w7Rt6lYoYnI?si=p8MPGLln61EN6QST
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