E eu nem sabia que era um mamoeiro. O jardineiro sugeriu cortar, pois devia ser macho e não dar mamão saboroso. Eu não deixei. Confiei na natureza que me ofereceu sem que eu pedisse.
O mamoeiro cresceu e frutificou. Mamões deliciosos e pequenos. Muito saborosos, de pegar no pé antes que os passarinhos ou morcegos comessem.
Eu sempre gostei de imaginar o mamoeiro como um exemplo daquelas coisas para as quais não temos controle. Não fiz nada, nem de bom, nem de mau. Mesmo assim recebi esse presente. Durante o período de seca do ano passado o mamoeiro parou de dar frutos, mesmo assim cresceu. Com as chuvas, voltou a frutificar, dessa vez bem mais alto.
Com todas as chuvas que caíram recentemente o solo ficou muito mole e o mamoeiro muito alto. Ontem à noite o mamoeiro caiu.
Recolhi os frutos, limpei o terreno e segui com o exemplo que a natureza me deu.
Para certas coisas não temos controle. Devemos ter sabedoria para aceitá-las.
Para minha alegria o novo jardineiro já detectou mais 3 pés de mamão no fundo do quintal. A natureza segue seu ritmo!
Lembrei-me da minha infancia na qual convivi como os mamoeiros no quintal.
ResponderExcluirPoesia, sensibilidade e delicadeza ímpares
ResponderExcluir