quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Aos meus sobrinhos
Lá fora faz frio, muito frio, mas está sol. Um sol que nao esquenta, que brilha fraco, ilumina mas nao esquenta. É o mesmo sol que vemos no Brasil, mas aqui os raios custam a chegar e chegam fracos.
Eu custei muito a chegar aqui, demorei demais, mas nao cheguei fraco, pelo contrário, cheguei forte. E só cheguei depois de tanto tempo porque fui forte. Parte desta forca está no exemplo do meu tio que foi para Londres estudar.
Longe de mim a pretensao de ser um exemplo, só gostaria que voces soubessem que a experiencia está sendo fantástica. Que nada se compara. Que venham se puderem, que facam o possível e o impossível para ter esta experiencia. Que mostrem a sua forca para este sol fraco e brilhem!
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Liberdade e Responsabilidade
No Rio de Janeiro um bandido mata um policial em plena rua, durante o dia. O bandido é preso e no caminho da delegacia é assassinado pelos policiais. Em São Paulo jovens agridem um gay com uma lampada fluorescente.
Estes dois exemplos me causaram uma tristeza muito grande pelo que acontece com o meu país. Lutamos tanto por liberdade e a conseguimos. Agora estamos perdendo pouco a pouco por não termos conseguido agregar responsabilidade à liberdade.
A conta é simples, quanto mais liberdade mais responsabilidade. É assim na vida das pessoas em todos os círculos, na família, no trabalho, na igreja, no clube. No nosso amadurecimento vamos passando a ter mais e mais liberdade ao mesmo tempo em que vamos temos mais e mais responsabilidade. Não há como ter liberdade sem responsabilidade e nem responsabilidade sem liberdade.
Infelizmente estamos nos tornando uma sociedade sem responsabilidade. Os jovens que agrediram o gay não serão responsabilizados pelo que seu ato, por isso mesmo fizeram o que fizeram. O bandido não seria responsabilizado pelo seu crime. Os colegas o justiçaram.
Precisamos atentar para que assumamos responsabilidades se quisermos ser livres. E o que mais me assusta é que os sinais mostram que estamos escolhendo o caminho errado. O caminho de reduzir as liberdades, de uma nova lei, de um novo procedimento, de um novo órgão para cuidar disso e daquilo. Devemos ter a coragem de assumir o caminho de aumentar a liberdade, aumentando assim a responsabilidade. Esse caminho passa por punir os jovens agressores pelo que eles fizeram e não pelo o que eles são, à que família pertencem, ao futuro que terão. Também é preciso punir os policiais que agiram de modo errado, ao mesmo tempo, em que se garanta que criminosos cumpram sua pena corretamente.
Eu ainda vou entrar em um ônibus no meu país com a liberdade de não passar pela catraca ou de ter um cobrador, que me de a liberdade para que eu escolha o bilhete mais adequado para a minha viagem e que me cobre corretamente se a minha conduta for errada.
Estes dois exemplos me causaram uma tristeza muito grande pelo que acontece com o meu país. Lutamos tanto por liberdade e a conseguimos. Agora estamos perdendo pouco a pouco por não termos conseguido agregar responsabilidade à liberdade.
A conta é simples, quanto mais liberdade mais responsabilidade. É assim na vida das pessoas em todos os círculos, na família, no trabalho, na igreja, no clube. No nosso amadurecimento vamos passando a ter mais e mais liberdade ao mesmo tempo em que vamos temos mais e mais responsabilidade. Não há como ter liberdade sem responsabilidade e nem responsabilidade sem liberdade.
Infelizmente estamos nos tornando uma sociedade sem responsabilidade. Os jovens que agrediram o gay não serão responsabilizados pelo que seu ato, por isso mesmo fizeram o que fizeram. O bandido não seria responsabilizado pelo seu crime. Os colegas o justiçaram.
Precisamos atentar para que assumamos responsabilidades se quisermos ser livres. E o que mais me assusta é que os sinais mostram que estamos escolhendo o caminho errado. O caminho de reduzir as liberdades, de uma nova lei, de um novo procedimento, de um novo órgão para cuidar disso e daquilo. Devemos ter a coragem de assumir o caminho de aumentar a liberdade, aumentando assim a responsabilidade. Esse caminho passa por punir os jovens agressores pelo que eles fizeram e não pelo o que eles são, à que família pertencem, ao futuro que terão. Também é preciso punir os policiais que agiram de modo errado, ao mesmo tempo, em que se garanta que criminosos cumpram sua pena corretamente.
Eu ainda vou entrar em um ônibus no meu país com a liberdade de não passar pela catraca ou de ter um cobrador, que me de a liberdade para que eu escolha o bilhete mais adequado para a minha viagem e que me cobre corretamente se a minha conduta for errada.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Eu acredito é na rapaziada....
Nao tenho problemas em saber que sou o mais velho aqui no instituto. Na verdade é até um prazer, algo que me rejuvenesce.
Aqui encontro muitos brasileiros, de diversos grupos. Algumas brasileiras casadas com alemaes, outros que vem tentar a vida e trabalham como garcons e formam guetos nas sorveterias e muitos jovens que vem para fazer estágio durante a graduacao.
Semana passada uma menina sentou-se ao meu lado e falava ao celular sobre uma festa brasileira na moradia dos estudantes. Quando ela terminou de falar eu perguntei a ela sobre a festa, diante do susto de ouvir alguém falando portugues ela me perguntou:
- O senhor também é brasileiro?
Conversamos um pouco e ela tem a vida típica dos estudantes brasileiros, vem da Unicamp, USP ou da PUC-Rio para fazer algumas disciplinas, tentar um diploma dupla e ganhar experiencia internacional.
Sao jovens muito capazes, com domínio do ingles e pelo menos o alemao básico, boas notas, muito esforcados e com a experiencia que ganham aqui vao muito longe.
Fico muito feliz com estas companhias e acredito mesmo nesta rapaziada, que irá muito mais longe que a minha geracao.
Aqui encontro muitos brasileiros, de diversos grupos. Algumas brasileiras casadas com alemaes, outros que vem tentar a vida e trabalham como garcons e formam guetos nas sorveterias e muitos jovens que vem para fazer estágio durante a graduacao.
Semana passada uma menina sentou-se ao meu lado e falava ao celular sobre uma festa brasileira na moradia dos estudantes. Quando ela terminou de falar eu perguntei a ela sobre a festa, diante do susto de ouvir alguém falando portugues ela me perguntou:
- O senhor também é brasileiro?
Conversamos um pouco e ela tem a vida típica dos estudantes brasileiros, vem da Unicamp, USP ou da PUC-Rio para fazer algumas disciplinas, tentar um diploma dupla e ganhar experiencia internacional.
Sao jovens muito capazes, com domínio do ingles e pelo menos o alemao básico, boas notas, muito esforcados e com a experiencia que ganham aqui vao muito longe.
Fico muito feliz com estas companhias e acredito mesmo nesta rapaziada, que irá muito mais longe que a minha geracao.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Formula 1 - Meu desejo
Meu desejo é que nas últimas voltas da última corrida a ordem dos pilotos seja: Vettel, Weber, Massa e Alonso.
O que as escuderias irao fazer. A Ferrari inverteria a posicao de seus pilotos? Se isso acontecesse o que faria a Red Bull?
É para isso que eu estou torcendo
O que as escuderias irao fazer. A Ferrari inverteria a posicao de seus pilotos? Se isso acontecesse o que faria a Red Bull?
É para isso que eu estou torcendo
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Imagens em 3D
O instituto no qual estou trabalhando colocou uma nova foto na homepage, olhe com muito cuidado e voce vai me achar, ou pelo menos, uma pequena parte.
Uma outra coisa muito interessante é que o instituto acabou de comprar um monitor 3D para uso sem óculos. É muito ruim, a imagem trepida um pouco, a gente se cansa rápido, mas é fantástico ao imaginar o quanto estas coisas evoluem rapidamente.
Um novo caminho para a Universidade
Estou indo para a Universidade de trem. Tem um trem que sai da estacao central e vai para a universidade.
É muito melhor que ir de onibus e agora que o frio chegou, nao me animo a ir de bicicleta. Sao poucos horários, mas é mais rápido, e infinitamente mais confortável.
O trem é da Bombardier, novinho, silencioso, quente e nao vai lotado como o onibus.
Uma delícia.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Outono
O outono chegou. Faz frio. Os dias estao curtos.
Na sexta-feira passada eu fui correr, mas o meu horário preferido de corrida já está proibitivo. Antes das 6 já está escuro. O que salva é que tudo fica muito bonito. As árvores ficam em vários tons do vermelho ao amarelo, as folhas caem e se faz um tapete lindo.
É uma estacao especial, uma preparacao para o inverno que virá.
Muitas pessoas me falam da depressao do inverno, da falta de luz, do frio...
Para mim está ótimo, estou produzindo como nunca, escrevendo e escrevendo. Vou sentir falta das corridas (nao vou parar de correr, mas reduzir e mudar de horario). Vou sentir falta de andar de bicicleta, mas nao posso reclamar.
Na sexta-feira passada eu fui correr, mas o meu horário preferido de corrida já está proibitivo. Antes das 6 já está escuro. O que salva é que tudo fica muito bonito. As árvores ficam em vários tons do vermelho ao amarelo, as folhas caem e se faz um tapete lindo.
É uma estacao especial, uma preparacao para o inverno que virá.
Muitas pessoas me falam da depressao do inverno, da falta de luz, do frio...
Para mim está ótimo, estou produzindo como nunca, escrevendo e escrevendo. Vou sentir falta das corridas (nao vou parar de correr, mas reduzir e mudar de horario). Vou sentir falta de andar de bicicleta, mas nao posso reclamar.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Eleicoes
Domingo trabalhei nas eleicoes em Frankfurt. Foi divertido, porém estas eleicoes me deixaram muito triste.
Eu acompanhei o processo eleitoral como uma forma de me conectar com o Brasil e fiquei profundamente decepcionado. A campanha foi horrível, especialmente na Internet. Mesmo a campanha oficial nao produziu nenhum debate profundo sobre coisas importantes. A questao religiosa ter tido o destaque que teve foi deprimente.
Minha esperanca agora é na democracia, que esta eleicao sirva para que aprendamos a nunca mais aceitar que alguém nos diga em quem votar. Que caminhemos para a independencia que tanto precisamos.
Eu acompanhei o processo eleitoral como uma forma de me conectar com o Brasil e fiquei profundamente decepcionado. A campanha foi horrível, especialmente na Internet. Mesmo a campanha oficial nao produziu nenhum debate profundo sobre coisas importantes. A questao religiosa ter tido o destaque que teve foi deprimente.
Minha esperanca agora é na democracia, que esta eleicao sirva para que aprendamos a nunca mais aceitar que alguém nos diga em quem votar. Que caminhemos para a independencia que tanto precisamos.
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