Uma prima muito querida tinha o costume de viajar só. Ela adora viajar, mas nem sempre tinha companhia e isso nunca a impediu de viajar. Foi dela que eu ouvi pela primeira vez sobre o prazer de viajar sozinha.
O mais comum é que a viagem se dê em grupos, a gente viaja em família, em grupos de amigos e até monta grupo com desconhecidos para que a viagem fique mais divertida. Só que às vezes não. Pois numa viagem é que a verdade sobre as pessoas pode aparecer.
Aliás, é até um conselho de avó: para conhecer uma pessoa você deve viajar com ela.
Na viagem as coisas saem do seu normal, aparecem problemas, as instalações podem ser boas mesmo assim nunca são como as de nossa casa. Muitas vezes as instalações são piores. As viagens atrasam, a gente perde o horário ou espera infinitos. A comida pode ser boa e pode fazer mal, ou não ter quando chegamos tarde ao restaurante que já fechou.
Enfim, viajar é tudo de bom e pode conter tudo de ruim. Nesse intervalo as pessoas perdem o controle de seu comportamento e se revelam.
Viajar com alguém também significa fazer concessões, de horários, de lugares, de ritmo de passeio, de escolhas enfim. Significa estar em constante negociação. Também aqui as pessoas se revelam.
Eu fiz poucas viagens sozinho, acho que prefiro o conforto de casa do que a viagem solo. Nesse momento da vida estou imensamente feliz em ter comigo a melhor companhia de viagem! Alguém que me respeita e se respeita, propõe sem impor, fala e escuta e sempre, mas sempre mesmo coloca o bom humor em tudo!