quarta-feira, 4 de julho de 2012

No vaca!

No vaca! Foi como tomar um caldo. Ou “vaca” na linguagem dos surfistas. Foi como estar no mar com os amigos, dando risada, brincando, curtindo as ondas, pegando um jacaré e de repente vem um onda mais forte, eu capotei, vi água por todos os lados, não conseguia saber para onde ir, aonde era em cima e depois disso chegar à praia e ainda estar inconsciente. Aquele instante em que é possível ouvir vozes e ver os rostos, mas não reconhecê-los e nem ser capaz de responder. Dá para perceber gente querendo ajudar, perguntando se eu estava bem, vozes ao fundo comentando o estado geral: “tá respirando”, “ele bebeu muita água”; “que onda forte, hein?”. Dois meses atrás eu entrei na fase final do meu doutorado, preparando a penúltima versão da tese. A versão entregue ao meu orientador na quinta-feira passada. Agora ele faz as correções, críticas, sugestões e me devolve para que eu prepare a versão a ser entregue à banca e depois de um mês fazer a defesa. Tive que me desligar de muita coisa, deveria ter dado alguns telefonemas, retornado mensagens de amigos e não pude fazer. Especialmente na ocasião do meu aniversário, meus melhores amigos mandaram mensagens que não respondi. Agora que já voltei a respirar quero me desculpar com eles e contar com a compreensão desse momento especial. Alexei, Conrado, André, Paulinho, Ricardo, Barbara, Lélia, Agnes, muito obrigado pela lembrança do meu aniversário, valeu mesmo. Foi muito importante receber a mensagem de vocês, estou esperando para a festa de defesa para dar um abraço e agradecer pessoalmente.